E aí, cantor! Como está sua agenda de shows? Eu espero que esteja conseguindo manter as coisas fluindo, mesmo no período que estamos vivendo 🙂
O assunto que eu vou abordar hoje é bem importante: o contrato bate-volta que acontece frequentemente no mercado da música.
Cara, pra você ter uma noção, esse assunto é tão polêmico que envolve desde lavagem de dinheiro até superfaturamento em diferentes contratos. Calma, vou explicar tudo certinho para que você entenda cada detalhe desse tema e fique tão chocado quanto eu.
Isso é tão antigo no Brasil e você provavelmente já presenciou algo do tipo acontecendo na sua cidade. Sabe quando a prefeitura contrata os mesmos artistas para um evento? Pois então, é sobre isso que vou abordar.
Daí você me pergunta de onde eu tirei essa história? Dos muitos artistas que converso e que me contam os fatos e também fui motivado a falar sobre isso quando vi esse vídeo do Sikeira Júnior 👇
Segura aí que você vai entender tudo certinho se continuar a leitura deste conteúdo. Vamos lá?
Como funciona o contrato bate-volta dos artistas?
O contrato bate-volta é um esquema de lavagem de dinheiro usado desde sempre no mundo da música que privilegia shows e apresentações de artistas em determinados eventos e casas de shows.
Isso acontece da seguinte maneira: o empresário da banda ou cantor emite uma nota fiscal com determinado valor e recebe uma quantia inferior. O restante volta para a pessoa que contratou o trabalho.
Bizarro, né?
Para entender melhor imagine o seguinte cenário: o empresário ou dono da banda emite uma nota fiscal de R$ 100 mil, por exemplo, e recebe apenas R$ 50 mil. O resto, ninguém sabe para onde vai. Tem algum palpite? 👀
Esses números são grandes, pois estou falando de nomes grandes da indústria, beleza? Apenas bandas, duplas e cantores selecionados participam do bate-volta. O esquema é entre o contratante (que pode ser a prefeitura de alguma cidade, por exemplo) e o empresário ou dono da banda.
Eu já escutei bandas me contando que estavam com show marcado e haviam recebido a entrada do pagamento quando o contrato foi desfeito. Eles foram trocados por outra banda que aceitou tocar pela metade do valor, mas adivinha? O orçamento da prefeitura não mudou e a cidade continua reclamando que é sempre a mesma banda que toca no réveillon e nos eventos públicos.
Aliás, vocês já ouviram falar em licitação para contratação de bandas nos eventos públicos? Pois é, eu também não.
No Brasil esse tipo de sacanagem acontece até em boates e casas de shows privados, mas ninguém investiga e ai de quem denunciar.
Mas e os artistas honestos?
É de apertar o coração, mas quem não está envolvido na “turma do bate e volta” acaba tendo menos (ou nenhuma) oportunidade no mercado do entretenimento público.
Pode reparar: quase sempre prefeituras e casas de shows do interior acabam trazendo artistas que já se apresentaram naquele lugar ou evento. A desculpa é que o público está pedindo por aquela apresentação, o que é uma grande mentira! Na verdade, apenas um seleto grupo está sendo beneficiado com essa situação.
Bandas iniciantes, duplas procurando novas oportunidades e cantores autônomos esperam ser contratados para diferentes ocasiões. E pode reunir o material que for, viu? Não adianta! Um determinado grupo de pessoas já está escolhido para este tipo de contrato.
Agora, pense comigo: e como fica os músicos que trabalham de forma transparente e honesta? Que precisam alimentar a família?
Muitos profissionais do meio acabam se sujeitando a trabalhos que pagam pouco, pois não tem outras oportunidades no mercado da música. Se comparar o valor de cachê com o investimento nos equipamentos, a situação fica ainda pior. Isso sem falar no destrato que muitos empresários e contratantes fazem com quem está começando no mercado musical.
E ainda temos que ouvir que trabalhar com música não é profissão…
Conte com o apoio de gente de verdade!
Eu não quis abordar esse tema para te desmotivar, mas sim para que você não fique com sua auto-estima musical baixa quando não for contratado para um show. Também para te mostrar que isso não acontece só com você. Então, nada de desanimar do seu show ein!
Também quis abordar esse tema para deixar claro que tudo isso acontece porque há bandas que topam fazer esse tipo de transação, que acaba com o mercado da música boa e honesta.
Se você já presenciou algo deste tipo na sua região ou consegue vender shows para eventos públicos, me conte mais nos comentários. Quero saber como você lida com tudo isso.
Eu sou Dhiego Bicudo, aqui da agência ICOMP, e você pode contar comigo para conversar sobre esse assunto e aprender como encontrar oportunidades valiosas para o seu trabalho.
Clique aqui para marcar uma consultoria comigo! Será um prazer orientá-lo nos assuntos que você tem mais dificuldade em entender sobre o mundo da música 🙂
O papo comigo é Marketing Musical para cantores, duplas e bandas na Agência ICOMP com mais de 15 anos de experiência em estratégias para o lançamento e divulgação de músicas.